quinta-feira, 26 de abril de 2012
Os 15 títulos mais lidos no mês de FEVEREIRO E MARÇO/2012 pelos nosso leitores
- Diário de um banana (Jeff Kinney) - Série Diário de um banana, v.1
- Identidade roubada (Chevy Stevens)
- A cabana (William P. Young)
- O beijo da meia-noite (Lara Adrian) - Série Midnight breed, v.1
- A guerra dos tronos (George R. R. Martin) - Série Crônicas de gelo e fogo, v.1
- Sangue quente (Isaac Marion)
- Fallen (Lauren Kate) - Série Fallen, v.1
- Paixão (Lauren Kate) - Série Fallen, v.3
- Contato visual (Cammie McGovern)
- Jogos vorazes (Suzanne Collins) - Série Jogos vorazes, v.1
- Interligados: Aden Stone contra o reino das bruxas (Gena Showalter) - Série Interligados, v.2
- Insaciável (Meg Cabot)
- Um amor para recordar (Nicholas Sparks)
- Dezesseis luas (Kami Garcia e Margareth Peterson) - Série Beautiful creatures, v.1
- Apocalipse Z (Manel Loureiro) - Série Apocalipse Z
Postado por Biblioteca Pública Municipal "Anna Luiza Prado Bastos - prof. Galega" às 20:19:00 0 comentários
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Não atenderemos dia 21/04/2012 (Sábado)
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quarta-feira, 11 de abril de 2012
O trono do sol - Novo título disponível a partir de 12/04/2012
Postado por Biblioteca Pública Municipal "Anna Luiza Prado Bastos - prof. Galega" às 19:54:00 0 comentários
Marcadores: Série O ciclo nessântico v.1
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Leia Mais Sobre "O Melhor de Mim - o Primeiro Amor Deixa Marcas Para a Vida Inteira" |
As alucinações de Dawson Cole começaram depois da explosão na plataforma, o dia em que ele poderia ter morrido. Ele achava que tinha visto de tudo em seus 14 anos trabalhando em plataformas de petróleo. Em 1997, testemunhara um helicóptero perder o controle durante o pouso. O gigante de aço caíra no convés, transformando-se em uma violenta bola de fogo, e Dawson sofrera queimaduras de segundo grau nas costas ao tentar resgatar os passageiros. Treze pessoas morreram, a maioria delas passageiros do helicóptero. Quatro anos depois, quando um guindaste desmoronou em uma plataforma, um destroço de ferro do tamanho de uma bola de basquete passou zunindo perto de sua cabeça, a milímetros de arrancá-la. Em 2004, ele era um dos poucos trabalhadores que ainda estavam na plataforma quando um furacão a atingiu, trazendo ventos de mais de 150 quilômetros por hora e ondas tão grandes que ele pensou nos procedimentos de emergência que devia seguir no caso de a plataforma virar. Mas sempre houve outros perigos além desses. Pessoas escorregavam, peças se quebravam. Cortes e contusões eram rotina naquele trabalho. Dawson presenciara muitos ossos quebrados, dois surtos de intoxicação alimentar que afetaram toda a equipe e, dois anos antes, em 2007, vira um navio de abastecimento começar a afundar logo depois de se afastar da plataforma e seus tripulantes serem resgatados no último minuto por uma lancha da Guarda Costeira. Mas a explosão foi diferente. Como não houve vazamento de petróleo – os dispositivos de segurança evitaram uma catástrofe –, a história mal chegou aos noticiários, sendo esquecida em poucos dias. Porém, para as pessoas que estavam no local, inclusive Dawson, foi um verdadeiro pesadelo. Era uma manhã comum. Ele estava monitorando as estações de bombeamento quando, de repente, um dos tanques de armazenamento explodiu. Antes que ele pudesse sequer entender o que estava acontecendo, o impacto da explosão o lançou para um depósito ao lado. Em seguida, o fogo tomou tudo. Coberta de graxa e óleo, a plataforma inteira logo se tornou um inferno de chamas. Duas outras explosões fortes sacudiram a estrutura com mais violência ainda. Dawson se lembrava de estar arrastando algumas pessoas para afastá-las do fogo quando uma quarta explosão, mais forte que as anteriores, o arremessou longe novamente. Ele tinha uma vaga lembrança de cair em direção à água, uma queda que, para todos os efeitos, deveria tê-lo matado. Como muitos outros, ele não tivera tempo de vestir um colete salva-vidas nem de procurar um bote. Quando voltara a si, estava boiando no golfo do México, a cerca de 150 quilômetros da costa da Louisiana. Entre uma onda e outra, conseguira avistar um homem de cabelos pretos acenando ao longe, como se fizesse sinal para que Dawson nadasse até ele. Cansado e zonzo, começara a dar braçadas na direção do homem, lutando contra as ondas. Acreditava estar se aproximando, mas a ondulação do mar tornava impossível saber ao certo. As roupas e as botas o impeliam para baixo e, quando seus braços e pernas começaram a perder as forças, ele teve certeza de que iria morrer. Foi quando viu um colete salva-vidas em meio a alguns destroços. Então, usando a pouca energia que lhe restava, nadou até ele. Mais tarde, descobriria que estivera na água mais de quatro horas e que se afastara mais de um quilômetro e meio da plataforma antes de ser resgatado por um navio de abastecimento que fora às pressas para o local. Ele foi levado a bordo e carregado para o convés inferior, com os demais sobreviventes. Dawson estava trêmulo por conta da hipotermia e bastante desorientado. Embora sua visão estivesse embaçada – depois descobriria ter sofrido uma concussão leve –, pôde perceber a sorte que tivera. Viu homens com queimaduras graves nos braços e nos ombros, enquanto outros sangravam pelos ouvidos ou tinham sofrido fraturas. Conhecia a maioria deles pelo nome. Não havia muitos lugares aonde ir na plataforma – ela era basicamente um vilarejo no meio do oceano – e todos acabavam se encontrando no refeitório, na sala de recreação ou na academia mais cedo ou mais tarde. Um homem, no entanto, lhe parecia vagamente familiar. Vestia um casaco azul que algum tripulante do navio devia ter lhe emprestado e, da outra extremidade do recinto abarrotado, encarava Dawson. Seus cabelos eram pretos e ele aparentava uns 40 anos. Dawson achou que ele parecia deslocado ali, mais lembrando alguém que trabalhasse em um escritório do que em uma plataforma no mar. O homem acenou e o vulto que Dawson avistara na água lhe veio à cabeça. Era ele. De repente, sentiu os pelos da nuca se eriçarem. Antes que pudesse identificar a origem daquela inquietude, um cobertor surgiu sobre seu ombro e ele foi levado até um canto onde um médico aguardava para examiná-lo. Quando voltou a sentar, o homem de cabelos pretos havia desaparecido. Ao longo da hora seguinte, mais sobreviventes foram levados a bordo, porém, à medida que seu corpo voltava a se aquecer, Dawson começou a imaginar o que teria acontecido ao restante da tripulação. Homens com os quais havia trabalhado por anos a fio continuavam desaparecidos. Mais tarde, descobriria que 24 pessoas tinham morrido. Com o tempo, a maioria dos corpos foi encontrada, mas não todos. Enquanto se recuperava no hospital, Dawson não conseguia parar de pensar que algumas das famílias nem ao menos tiveram a possibilidade de se despedir das pessoas que amavam. Depois da explosão, ele começou a ter dificuldade para dormir. Não por causa de pesadelos, mas porque não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observado. Ele se sentia... assombrado, por mais ridículo que parecesse. Dia e noite, notava algum movimento com o canto do olho, mas, sempre que se virava, não havia nada nem ninguém. Começou a achar que estava enlouquecendo. O médico achou que aquilo talvez pudesse ser algum tipo de estresse pós-traumático e que seu cérebro talvez ainda não estivesse totalmente curado da concussão. Aquilo fazia sentido, mas não convencia Dawson. Ele apenas assentiu e o médico lhe prescreveu pílulas para dormir. Dawson nem se deu o trabalho de comprá-las. Ele recebeu uma licença remunerada de seis meses enquanto as questões jurídicas eram avaliadas. Três semanas depois, a empresa em que trabalhava lhe ofereceu um acordo e ele assinou os papéis. A essa altura, um bando de advogados já havia entrado em contato com Dawson – todos ávidos por assumir uma ação coletiva –, mas ele não queria se aborrecer. Apenas aceitou o acordo e, no dia em que recebeu o cheque, o depositou. Com dinheiro suficiente para que algumas pessoas o considerassem rico, logo depois Dawson transferiu a maior parte do valor para uma conta nas ilhas Cayman. Dali, o montante foi enviado para uma conta corporativa no Panamá, que tinha sido aberta quase sem burocracia, e então transferido para seu destino final. Como sempre, seria quase impossível rastrear o dinheiro. |
Postado por Biblioteca Pública Municipal "Anna Luiza Prado Bastos - prof. Galega" às 19:50:00 0 comentários
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Há sessenta e quatro anos o presidente e o Consórcio identificaram o amor como uma doença, e faz quarenta e três anos que os cientistas descobriram uma cura. Todas as outras pessoas de minha família já passaram pela intervenção. Minha irmã mais velha, Rachel, está livre da doença há nove anos. Está protegida do amor há tanto tempo que diz que nem consegue se lembrar dos sintomas. Minha intervenção está agendada para daqui a exatos noventa e cinco dias: três de setembro. Meu aniversário. Muitas pessoas temem a intervenção. Algumas até resistem. Mas eu não estou com medo. Mal posso esperar. Faria amanhã, se pudesse, mas é preciso completar dezoito anos, às vezes um pouco mais, antes de ser curado pelos cientistas. Do contrário, a intervenção não funciona corretamente: as pessoas acabam sofrendo danos cerebrais, paralisia parcial, cegueira ou consequências piores. Não gosto de pensar que continuo andando por aí com a doença em meu sangue. Às vezes sou capaz de jurar que posso senti-la se movendo por minhas veias como algo estragado, tipo leite azedo. Isso faz com que me sinta suja, me faz pensar em crianças pirracentas, em resistência, em meninas doentes raspando o chão com as unhas, arrancando os cabelos, babando. E, é claro, faz com que eu me lembre de minha mãe. Depois da intervenção, ficarei feliz e segura para sempre. É o que todos dizem: os cientistas, minha irmã e tia Carol. Passarei por esse procedimento e em seguida serei pareada a um menino que os avaliadores escolherão para mim. Em alguns anos, nós nos casaremos. Recentemente comecei a sonhar com a cerimônia. Estou sob uma tenda branca, usando flores nos cabelos. Estou de mãos dadas com alguém, mas, sempre que me viro para olhar, seu rosto fica embaçado, como se estivesse fora de foco, e não consigo distinguir seus traços. Mas suas mãos estão frias e secas, e meu coração bate compassado no peito — e no sonho eu sei que ele sempre vai bater nesse ritmo, sem falhar, saltar, girar ou acelerar; apenas tum, tum, tum, até que eu morra. Segura e livre de dor. Nem sempre tudo foi bom como é agora. Na escola, aprendemos que antigamente, nos tempos sombrios, as pessoas não percebiam quão mortal era a doença do amor. Durante muito tempo ela era inclusive encarada como um sentimento bom, a ser celebrado e buscado. Claro que essa é uma das razões que o tornam tão perigoso: afeta nossa mente, impedindo-nos de pensar com clareza ou tomar decisões racionais sobre nosso próprio bem-estar (esse é o sintoma número doze, listado na seção “Amor deliria nervosa” da décima segunda edição da Suma de hábitos, higiene e harmonia, ou Shhh, como a chamamos). Naquela época, as pessoas identificaram outras doenças, como estresse, problemas cardíacos, ansiedade, depressão, hipertensão, insônia, transtorno bipolar, sem perceber que eram, na verdade, apenas sintomas que, na maioria dos casos, resultavam do amor deliria nervosa. É claro que ainda não estamos completamente livres do deliria nos Estados Unidos. Até que a intervenção seja aperfeiçoada, até que seja segura para menores de dezoito anos, jamais estaremos totalmente protegidos. A doença ainda ronda, sufocando-nos com vastos tentáculos invisíveis. Já vi inúmeras pessoas não curadas sendo arrastadas para a intervenção, tão torturadas e devastadas pelo amor que prefeririam arrancar os próprios olhos ou se atirar no arame farpado que cerca o laboratório a ficar sem ele. |
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